Naturalmente Capoeira trará informações baseadas na cultura popular brasileira.

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Um momento para TODOS!

Em um universo em que o brilho muitas vezes ficou restrito ao individualismo, nos trouxe até aqui a figura de poucos heróis para a história atual, exaltando uma ou algumas qualidades pessoais que tornaram esses heróis espelhos à novas gerações.

A capoeira é individual?

Atualmente os caminhos têm se demonstrado contraditórios à capoeira de outrora e o coletivo vem conquistando um espaço imenso nas perspectivas futuras. Somos uma classe, um conjunto e organizados teremos representatividade forte e eficiente dentro de um sistema de poderes, burocracias e leis.

Já não somos tão bobos e alienados ao nosso vício de apenas "jogar" capoeira, estudamos, aprendemos novos caminhos e manobras, nos especializamos em outros departamentos e segmentos sociais. Estamos em um forte processo de união e a "deficiência" de um será suprida pela "excelência" de outro, a "ignorância" de um pela "inteligência" de outro e nesta troca de figurinhas, seremos completos e fiéis aos nossos princípios.

Quando comecei, ser reconhecido dentro do grupo já era uma vitória, afinal o grupo era quase fechado e muito grande, mas não era a filosofia de um único grupo e sim, uma tendência filosófica de levar a capoeira! Um egocentrismo e um egoísmo exagerado onde "aqui" é certo e "lá" é errado, o que você aprende "aqui" é segredo, intocável, é "nosso"! Hoje não, que bom que existe evolução e posso perceber que amigos não necessariamente vestem a mesma camisa e podem se encontrar para trocar qualquer tipo de "segredo", que já não é um segredo, um caminho, uma ajuda, um auxílio, seja ele físico, técnico, rítmico ou burocrático.

O coletivo têm força e neste processo de sobrevivência, união, não só faz a força, como também, vence batalhas! É um momento especial... Sejamos humildes, pacientes e flexíveis para evoluir no conjunto. Vamos parar de andar em círculos e bater cabeça, pois é tempo de um capoeirista não concorrer com outro capoeirista e sim dar as mãos para vencer o sistema nem que para vencê-lo seja necessário ingressar dentro dele.

Inspirado no Movimento TODOS SOMOS UM
e na amizade com outros capoeiristas que deixam de lado sua vaidade pessoal para ajudar o próximo com projetos, empregos, indicações de trabalho, etc...

axé a toda CLASSE capoeirística.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Um conflito de denominações em um universo de contradições!

Não é uma crítica! É reflexão, pensamento e exposição para um coletivo de confusões (me insiro nele) encontrar um caminho...

Sempre ouviu-se que ou se é capoeira Angola ou capoeira Regional até que apareceu há aproximadamente duas ou três décadas, o termo "contemporânea". Termo este, que para muitos não pode ser classificado como um "estilo" de capoeira.

Muitos defendem a capoeira como um Todo, "capoeira é uma só", como dizia Mestre Canjiquinha e como desabrochou a capoeira em São Paulo, livre de paradigmas e preceitos. Seria mais simples assumir a capoeira como simplismente Capoeira?

Alguns angoleiros de fato, não aceitam essa pluralidade, defendem uma capoeira tradicional, com linhagem e ancestralidade. Por outro lado, "filhos" de Bimba, herdeiros da capoeira Regional quando vêem a capoeira atual que se denomina Regional contemporânea, afirmam com propriedades que passa longe da Regional tradicional de Mestre Bimba. 

Então se a capoeira que ganhou o mundo, que é a mais jogada atualmente, dentro desta pluralidade de expressões e "novos" rituais e tradições, como deve ser denominada, classificada ou rotulada, se não é Angola ou Regional?

Temos que retroceder? não aceitar evoluçõesPodemos evoluir e manter as tradições dos antigosDeve-se apenas escolher um de dois (02) caminhos e se engessar no tempo?

Particularmente acredito que muitas destas respostas não serão encontradas na roda de capoeira, ou nos livros de fundamentos e história e sim no próprio indivíduo capoeirista, quando ele deixar de criticar, julgar, desfazer e diminuir a escolha do outro e consequentemente admirar, respeitar, interagir e aprender com as diferenças apresentadas na tradição ou nas evoluções.

A partir daí voltaremos ao simples e natural, onde cada qual apresenta suas qualidades, ensinando ou aprendendo, se divertindo na "vitória ou na derrota" livre de uma competição para ver quem é maior ou melhor ou "dono da razão", e somente quem vai ganhar e estar à cima de tudo é a CAPOEIRA.