Não é uma crítica! É reflexão, pensamento e exposição para um coletivo de confusões (me insiro nele) encontrar um caminho...
Muitos defendem a capoeira como um Todo, "capoeira é uma só", como dizia Mestre Canjiquinha e como desabrochou a capoeira em São Paulo, livre de paradigmas e preceitos. Seria mais simples assumir a capoeira como simplismente Capoeira?
Alguns angoleiros de fato, não aceitam essa pluralidade, defendem uma capoeira tradicional, com linhagem e ancestralidade. Por outro lado, "filhos" de Bimba, herdeiros da capoeira Regional quando vêem a capoeira atual que se denomina Regional contemporânea, afirmam com propriedades que passa longe da Regional tradicional de Mestre Bimba.
Então se a capoeira que ganhou o mundo, que é a mais jogada atualmente, dentro desta pluralidade de expressões e "novos" rituais e tradições, como deve ser denominada, classificada ou rotulada, se não é Angola ou Regional?
Temos que retroceder? não aceitar evoluções? Podemos evoluir e manter as tradições dos antigos? Deve-se apenas escolher um de dois (02) caminhos e se engessar no tempo?
Particularmente acredito que muitas destas respostas não serão encontradas na roda de capoeira, ou nos livros de fundamentos e história e sim no próprio indivíduo capoeirista, quando ele deixar de criticar, julgar, desfazer e diminuir a escolha do outro e consequentemente admirar, respeitar, interagir e aprender com as diferenças apresentadas na tradição ou nas evoluções.
A partir daí voltaremos ao simples e natural, onde cada qual apresenta suas qualidades, ensinando ou aprendendo, se divertindo na "vitória ou na derrota" livre de uma competição para ver quem é maior ou melhor ou "dono da razão", e somente quem vai ganhar e estar à cima de tudo é a CAPOEIRA.
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