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quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

O berimbau!

É hora de falar, saudar e homenagear o berimbau! Também conhecido por, urucungo, xitende, rucumbo, rucungo, aricongo, hungu, m'bolumbumba, macungo, matumbo, bucumbunga, marimbau, gobo ou bucumbumba, tem origem no continente africano por volta de 1.500 a.c.


Trazido ao Brasil na época do Brasil colônia pelos negros escravizados na África ocidental ganhou popularidade e espaço nas rodas de capoeira passando a ser o instrumento regente da roda. Sabe-se que no inicio, quando a capoeira começou a ser formada e desenvolvida o berimbau não fazia parte da manifestação, apenas os instrumentos de couro.

Em alguns países e nações da Africa e em Cuba o berimbau têm a função espiritual de fazer um elo de comunicação entre os homens de carne e osso com os seus ancestrais. Uma viagem ao passado e a uma fascinante reconstituição histórica, uma "viagem" no tempo!


Nota-se a força que o berimbau possui! E foi aos poucos entrando na capoeira e hoje é reverenciado, cantado e louvado no mundo todo.

Provavelmente chegou despretensiosamente nas "rodas" devido aos vendedores ambulantes das feiras livres, onde comercializava galinhas, ovos e outras mercadorias utilizando do berimbau para fazer barulho e chamar atenção nas vendas. E em algum momento aquele som melancólico de intensa vibração passou a fazer parte da musicalidade em construção da capoeira.


Atualmente o berimbau, após uma série de evoluções na história, é composto pela verga (madeira apropriada, flexível, porém resistente), a cabaça (caixa de ressonância do som), o arame (geralmente extraído de um pneu de carro), uma baqueta, um dobrão (moeda antiga ou pedra) e um caxixi (chocalho típico feito de cipó e sementes que trataremos à diante).


Capoeiristas estudam exaustivamente cada dia, uma perfeita afinação, notas, efeitos sonoros, variações para evoluir nesta arte milenar que é tocar o berimbau, faze-lo chorar, como se diz na capoeira. Um instrumento mágico que ensina e remete o tocador ou até mesmo o ouvinte a uma jornada de volta à ancestralidade.

Viva o berimbau, o grande mestre da capoeira!


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